A juíza Ana Paula da Veiga Carlota Miranda bloqueou as contas bancárias e suspendeu o passaporte e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, como forma de fazê-lo quitar debito de campanha de R$ 7 milhões que ele contraiu em 2000 com a empresa Central de Marketing Comunicação e Propaganda Ltda Miranda anotou que foi comprovado a tentativa de Emanuel e seu ex-secretário de turismo, Lincoln Tadeu Sardinha, encobrir os respectivos patrimónios.
Miranda, da 3ª Vara Cível da Capital, considerou que foram feitas inúmeras tentativas de localizar ou penhorar bens e ativos de Pinheiro sendo, inclusive, fixado multa em contra ele, contudo, as medidas não foram aptas a alcançar o débito cobrado pela empresa, cujo total é de R$ 7.222.137,54, conforme cálculo atualizado.
A Central foi contratada por Emanuel na sua primeira tentativa de se tornar prefeito da capital, em 2000, e ajuizou ação de cumprimento de sentença em 2010 cobrando os R$ 350 mil que recebeu em cheques que nunca foram compensados por ele.
Passados 25 anos e depois das infrutíferas investidas para receber o valor, que já atualizou aos patamares milionários, a juíza considerou como comprovado a tentativa de Emanuel e Sardinha, figuras "proeminentes na política cuiabana", ocultarem seus bens e ativos como forma de não quitarem a dívida, o que culminou na concessão do pedido feito pela empresa.
Carlota, então, bloqueou os cartões de crédito dos ex-gestores, bem como suspendeu os respectivos passaportes e CNH'S. oficiou a Polícia Federal e os bancos para promoverem as determinações e inseriu o nome de ambos no banco de dados da PF, os proibindo de sair do país para evitar qualquer tentativa de fuga.