O secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia, reforçou na quinta-feira (10), que o Governo do Estado sempre foi contrário à instalação de mercadinhos nos presídios. Para ele, o funcionamento de comércios dentro das unidades dificulta a fiscalização.
“A gente teve muitos e muitos casos de entrada de produtos que não deveriam estar dentro do presídio, como aparelho celular. [...] O mercadinho dificulta o controle”, disse Fabio à imprensa.
Conforme o chefe da Casa Civil, a administração desses mercadinhos também não é confiável, assim como é incerto o uso dos recursos recebidos na comercialização dos produtos.
“Na nossa visão, é desnecessário e temos uma posição clara, que é contrária à existência dos mercadinhos”, pontuou.
Na quarta-feira (09), os deputados estaduais derrubaram o veto do governador Mauro Mendes (União) ao trecho da Lei n° 12.792 que autorizava o comércio de produtos nas penitenciárias.
Foram 13 votos contra 10. A votação foi secreta, portanto não há como identificar como votou cada parlamentar. Porém, apesar disso, Fabio garante que o Governo não enxerga nenhum tipo de traição por parte da Assembleia.
“A Assembleia é independente e cada deputado tem independência. Pena é que o voto foi secreto”, destacou.
Fabio finaliza dizendo que a posição do Estado acompanha o sentimento da população.
“A população mato-grossense não apoia a existência de mercadinhos dentro dos presídios. O Governo Estadual fornece alimentação a todo sistema prisional. São quatro refeições, a maioria feita pelo Buffet Leila Malouf, portanto alimentação de qualidade. Dentro dos mercadinhos tinha produtos como Nutella, refrigerante, chocolate, enfim, regalias que entendemos não ser adequadas no sistema prisional”, concluiu