Para os verdadeiros fãs de Ayrton Senna, os que vibravam com as suas conquistas nas pistas, o interesse pela vida íntima do nosso campeão nunca foi muito além da página dois.
O que sempre levava zilhões de brasileiros a acordar cedo e ligar a TV nas manhãs de domingo, era a obstinação do piloto e sua vontade de ganhar de todos. Enxergar os adversários no retrovisor.
Agora, já que houve, na série da Netflix, a opção de falar de sua vida pessoal, ou deveriam ter falado tudo, ou, simplesmente, não entrar no mérito das questões. Mas nunca pecar pela mentira ou negação.
Em relação ao tratamento dado a Adriane Galisteu, minúsculo, em apenas dois insignificantes minutos, era melhor nem ter colocado.
Ou simplesmente fazer de conta que não existiu e assumir o escancarado boicote, previstomuito antes do início de gravações.
Se isto se deu por desejo da família, por antipatia ou não concordarem com o comportamento dela, que também colocassem às claras.
Ignorar, como foi ignorada, foi faltar com a verdade dos fatos. Pecar por omissão, falha grave em todo e qualquer trabalho jornalístico.
E, que fique bem claro, a Xuxa não tem nada a ver com isso! Se apareceu mais ou menos que a Galisteu.
As comparações feitas nem vêm ao caso, mas, sim, o fato de um trabalho se vender como completo ou verdadeiro e não ser bem assim.