O vereador eleito Rafael Ranalli (PL) afirmou que já entregou às autoridades policiais os nomes dos supostos vereadores de Cuiabá que estariam envolvidos com a facção Comando Vermelho. O também policial federal relatou que ainda não há um inquérito aberto sobre a denúncia, mas deixou claro que confia no prosseguimento das investigações por parte da Polícia Civil e da Secretária de Estado de Segurança (Sesp-MT).
À imprensa, na manhã desta terça-feira (19), após a sessão ordinária no parlamento, o futuro vereador, que só tomará posse em janeiro do ano que vem, foi questionado se já havia entregue o levantamento quanto aos nomes dos parlamentares da Casa de Leis que integrariam esquema de organização criminosa.
“Sim, com certeza, porque você vai chegar com uma denúncia e ela funciona assim: em tal bairro tem a suspeita de que é fulano. Quem vai levar a cabo as investigações é a Polícia Federal, Polícia Civil, Secretaria de Segurança Pública”, relatou.
Ele disse também que ainda não foi instaurado um inquérito para a investigação da denúncia. “Ainda não tem um inquérito instaurado, tem a minha denúncia. Nós iremos levar a cabo essa denúncia, principalmente na Polícia Civil e na Sesp”.
Assim que foi eleito, o policial declarou que foi alvo de coação em alguns bairros de Cuiabá enquanto estava dando seguimento à campanha eleitoral. Na época, Ranalli declarou que alguns dos vereadores eleitos, com o apoio das facções, restringiam regiões e proibiam que outros candidatos fizessem campanha em determinados locais.
Na sequência, o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) também fez denúncia parecida, ao declarar que parlamentares envolvidos com o CV tentavam conquistar o comando da Mesa Diretora da Câmara para a próxima legislatura. Diante das graves acusações, o governador Mauro Mendes (União) e o até o procurador de Justiça Domingos Sávio afirmaram que o caso requer atenção.