icon-weather

Sábado, 19 de Outubro de 2024, 08h:58 - A | A

BUSCOU AJUDA

"Violência contra a mulher pode ocorrer com qualquer uma de nós, não estou isenta disso", diz Vânia

A coronel está separada do ex-marido há cerca de 30 dias, mas desde então o militar persegue a candidata

Da Redação

“A violência contra a mulher pode ocorrer com qualquer uma de nós, não estou isenta disso”. Essa foi a declaração da candidata a vice-prefeita de Cuiabá na chapa de Abilio Brunini (PL), a Coronel Vânia (Novo), dois dias depois de ser perseguida pelo ex-marido, coronel Ronaldo Roque da Silva, em Cuiabá.

O caso em questão ocorreu na noite de quinta-feira (17), logo depois do evento que reuniu representantes do PL Mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e a senadora Damares Alves (PL-DF) no Hotel Fazenda Mato Grosso.

Vânia dirigia um carro preto quando percebeu que estava sendo perseguida por um Chevrolet prata conduzido por seu ex-marido. Para fugir da perseguição, Vânia entrou no pátio do 1º Batalhão de Polícia Militar na Avenida XV de Novembro e buscou ajuda.

A coronel está separada do ex-marido há cerca de 30 dias, mas que desde então Ronaldo persegue a candidata.

Diante dos fatos, a coronel emitiu uma nota se pronunciando sobre o ocorrido e aproveitando a oportunidade para alertar as mulheres que passam pela mesma situação.

Vânia era comandante da Patrulha Maria da Penha em Cuiabá até iniciar sua atuação político-partidária, equipe esta que tem como objetivo prevenir e combater crimes de violência doméstica contra a mulher. A candidata possui 26 anos de carreira militar.

“Enquanto comandante da Patrulha Maria da Penha em Cuiabá orientei e apliquei o mesmo procedimento a diversos casos semelhantes. Fiz o que qualquer mulher que se sinta ameaçada ou em risco deve fazer: encorajar-se para mudar uma visão social que ainda se envergonha de expor as pequenas e grandes violências passadas pelas mulheres e suas famílias”, disse.

“E que sirva de exemplo para outras mulheres denunciarem os diversos tipos de violência que sofrem, como a doméstica, psicológica, moral, patrimonial, sexual, dentre outras nuances da falta de respeito. No mais peço que respeitem minha intimidade quanto ao ocorrido”, completou.

Comente esta notícia