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Segunda-feira, 18 de Novembro de 2024, 10h:39 - A | A

'boa vontade'

Trump pode não deportar príncipe Harry dos EUA como 'favor' ao rei Charles; entenda

Especialista jurídico aposta em abordagem 'mais branda' diante da permanência do monarca no país; o gesto é lido como 'boa vontade' do republicano com a corte britânica

O Globo

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pode optar por não deportar o príncipe Harry do país, quando reassumir o governo no próximo ano. É o que aponta um especialista jurídico, segundo o jornal The Times of India. A escolha seria uma espécie de favor ao rei Charles III, pai de Harry. A aposta do estudioso é que o republicano adote uma abordagem "mais branda" diante da situação legal do monarca, o que demonstraria "boa vontade" do magnata com a corte britânica.

Diretor do Margaret Thatcher Center from Freedom na Heritage Foundation, Nile Gardiner disse ao canal britânico GB News que a pauta migratória será um dos pilares da nova administração do político.

"O presidente Trump está firmemente comprometido em proteger as fronteiras da América e aplicar as leis de imigração integralmente", destacaGardiner.

Apesar disso, Michael Wildes, advogado que já trabalhou para a família Trump, acredita que o governante vai admitir a permanência do Duque de Sussex em terras americanas, a fim de manter boas relações com a monarquia do Reino Unido.

"Ele pode permitir que Harry fique [nos Estados Unidos], como um gesto de boa vontade com o rei Charles. Trump pode perdoar o príncipe por qualquer crime doméstico. Trabalhei em estreita colaboração com ele em questões delicadas de imigração e há, literalmente, uma "carta de trunfo" nessas situações", garante o jurista.

A permanência de Harry em solo americano, que vive no estado da Califórnia há quatro anos, veio à tona após a vitória do republicano nas eleições americanas de 2024, há menos de duas semanas. Isso porque o monarca já havia recebido um aviso do magnata, anteriormente, sobre sua estadia no país após declarações de Harry sobre o uso de drogas, descritas pelo próprio britânico em seu livro de memórias.

Na ocasião, o agora presidente eleito afirmou que caso fosse provado que o monarca mentiu ao ser questionado sobre uso de drogas durante o processo de solicitação formal para residir nos EUA, "medidas apropriadas" seriam tomadas por Trump contra ele.

O assunto veio à tona após a publicação do livro de memórias "O que sobra", em 2023. Na obra, o príncipe revelou abertamente já ter feito o uso de entorpecentes em diferentes momentos da vida. A partir de então, foram levantadas dúvidas se Harry foi honesto sobre o tema em seu pedido de visto.

Depois do lançamento do exemplar, o laboratório de ideias conservador The Heritage Foundation, sediado em Washington, pediu aos tribunais americanos que tornassem públicos os detalhes do pedido de moradia de Harry no país.

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