O promotor de Justiça que chefia o Grupo de Atuação Especializada Contra o Crime Organizado (Gaeco), Adriano Alves, disse que pelo menos 20 pessoas em Mato Grosso são investigadas por ter recebido financiamento ou qualquer outro tipo de ligação com facções criminosas nas últimas eleições. Sem precisar quantos, o promotor disse que algumas dessas pessoas foram eleitas no último pleito.
“São cerca de 20, 21 pessoas, de Cuiabá e do interior”, mencionou.
As informações foram prestadas por Adriano durante entrevista ao Jornal da Cultura, na Rádio Cultura, na manhã desta quinta-feira (30). O profissional acrescentou que as denúncias levantadas pelo prefeito Abilio Brunini (PL) e seu colega de partido, o vereador e policial federal Rafael Ranalli ainda em 2024 não foram levadas ao grupo, mas a Polícia Civil.
“Não apresentaram ao Gaeco. O Abilio disse que tinha repassado à Polícia Civil e eles têm toda a legitimidade e toda a competência para investigar. O Gaeco não está a par dessas denúncias, estão com a Polícia Civil”, reforçou o promotor.
Adriano ainda disse que todos os indícios e denúncias estão sendo investigadas e o que for comprovado, além do processo na esfera criminal, será informado à Justiça Eleitoral para o devido encaminhamento quanto aos mandatos.
Por fim, o promotor ainda disse que o Gaeco está à disposição da sociedade para investigar e alertou que denúncias podem ser feitas diretamente ao grupo de forma de forma sigilosa. “As pessoas podem procurar o Geaco sem se preocupar sobre o sigilo. As identidades serão mantidas”.