O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo) apontou o Governo Federal como o principal responsável pelo aumento do preço dos combustíveis no Brasil.
Em nota divulgada na terça-feira (18), o presidente do sindicato, Claudyson Alves, criticou declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teria atribuído a alta dos preços aos postos de combustíveis.
Durante um evento no Terminal da Baía de Ilha Grande (Tebig), no Rio de Janeiro, Lula sugeriu que a Petrobras vendesse combustíveis diretamente aos grandes consumidores, para reduzir os preços ao consumidor final.
Segundo ele, os intermediários do mercado estariam elevando os custos para a população.
A declaração gerou reação do Sindipetróleo, que classificou a visão do presidente como equivocada e afirmou que a fala ignora a complexidade da cadeia de abastecimento.
"O povo é assaltado pelo intermediário", teria dito Lula, segundo o sindicato. Para Claudyson Alves, no entanto, o verdadeiro problema é a alta carga tributária sobre os combustíveis, e não os postos revendedores.
“O presidente desconsidera a importância da cadeia de abastecimento e ignora os reais componentes que influenciam os preços”, afirmou Claudyson.
Ele destacou que os postos operam com margens reduzidas e precisam cobrir uma série de custos operacionais, como encargos trabalhistas, taxas de cartão de crédito, energia, segurança e manutenção.
O Sindipetróleo defende que a redução dos preços só será possível com uma revisão da política tributária nacional.
“Soluções efetivas devem focar na revisão dos impostos, e não em acusações infundadas que prejudicam a imagem dos revendedores e confundem a opinião pública”, concluiu a nota.